Contador de história

PROFº YURI FRANCO|28 de Maio de 2021

Fala pessoal do blog FisioemOrtopedia, espero que todos estejam bem!

Hoje venho trazer para vocês uma reflexão que tenho feito e buscado algumas respostas. Tenho feito alguns cursos sobre a temática e buscado entender um pouco mais sobre essa situação que é a contação de histórias. Vocês já pararam para perceber que o nosso cotidiano é feito por histórias? Sejam elas vividas por nós em primeira pessoa ou histórias que nos contam. Foi a partir dessa reflexão que me intriguei e comecei a perceber cada vez mais que essa relação é total verdadeira.

Eu sempre fui uma pessoa muito curiosa e acho que até, certo ponto, desnecessário. Já me peguei em situações de ficar prestando atenção na conversar de terceiros no metrô e discordar com aquela história que estava sendo contada ou até rir de algo que foi falado. Ou seja, estava envolvido naquelas histórias que eram contadas.

E olha que espetacular é essa condição de ser um contador de história, nesse momento em que você começa a falar é o ponto em que nos colocamos em maior vulnerabilidade tanto em se expor, quanto em expor sua história. A beleza disso estar em entender que tudo que falamos é uma história e que a interpretação depende de quem está te ouvindo. Agora com esse contexto em mente, será que estamos sabendo ouvir?

Já pensou que o nosso paciente ele vai nos contar uma história e que se ele não se sentir seguro, essa comunicação pode haver falhas? Então, acho que quando estamos falando de comunicação dentro do meio clínico, nós precisamos sair do papel do contador e ir para o papel do ouvidor. E nesse momento é que a coisa se encaixa, não é apenas ouvir por ouvir. Precisamos intervir com nossa escuta ativa, mostrar que estamos ligados ao nosso paciente.

Sei que muitas vezes isso não existe, mas precisamos do papel do profissional da saúde e ir assumir o papel de humano, acho que isso irá mudar muita coisa. Faz um experimento, o que você queria: um super PROFISSIONAL lhe atendendo ou um super HUMANO lhe escutando? Lembrem, a era das técnicas mirabolantes está contada, o que vale é deixar seu paciente efetivo e isso só acontece quando seu lado humano entra no jogo.

Deixo uma dica de um TED, sobre essa temática:

https://www.ted.com/talks/laurel_braitman_the_mental_health_benefits_of_storytelling_for_health_care_workers/transcript?referrer=playlist-why_do_we_tell_stories#t-74426