PROFº YURI FRANCO|02 de Abril de 2021
Quem numa ouviu a seguinte afirmação: No mestrado foi que eu aprendi o que era pesquisa/ciência! Percebem a força que essa frase nos traz? Passamos entre quatro ou cinco anos dentro de um curso de graduação e para aprender o que ciência e/ou pesquisa eu preciso de mais dois anos, no mínimo. Será que não tem algo errado nisso?
Alguns amigos podem falar o seguinte: Mas a graduação foi feita para nos ensinar as noções técnicas da nossa profissão. Sim, concordo! Porém, do que adianta aquela imensidão de técnicas e variações se a comprovação da efetividade ainda é falha ou até mesmo não existe. E associado a isso, ainda abre um outro precedente, será que a nossa ciência não perde um tempo com problemas básicos, que precisam ser ensinados, e poderia aprofundar ainda mais em seus processos?
Com isso, voltamos para o problema de alguns textos passados. A ciência e a prática clínica, ainda, andam separados. Porque até o consumo de ciência é pautado no nível de titulação. Um artigo recente, mostrou que os doutores são os que mais buscam em artigos científicos soluções clínicas e que essa busca diminui com a diminuição do grau de titulação. Seria a dificuldade em entender as metodologias ou apenas a falta de hábito em decorrência de uma cultura em que a ciência ficou em um patamar que parece não ser possível alcançar?
Novamente, voltamos ao ponto! Precisamos ter ciência mais facilitada para quem não é da ciência. Isso vai desde uma escrita mais direta até o ponto de início do texto, ensinar na base para que essa ideologia seja entregue para mais pessoas e até aquelas que não são da área. Já imaginou o cenário de uma clínica onde o paciente fala: mas isso aqui tem evidência que não funciona, por que está fazendo em mim? E isso não está distante, heim?
Deixo aqui essa reflexão, a ciência não é para cientistas, apenas! A ciência é para a sociedade e para que isso se torne verdade, facilitar sua entrega e seu entendimento precisa ser mudado e logo!