PROFº YURI RAFAEL DOS SANTOS FRANCO|05 de Outubro de 2022
Fala galera do Blog do Fisio em Ortopedia, espero que todos estejam bem! Focados em trazer algumas reflexões pautados em nossos podcasts, hoje, com episódio 135, onde nossos hosts receberam o prof. Pedro Emerson, um dos grandes nomes da atualidade nas redes sociais com o perfil resgate do movimento.
O conflito foi gerado, quem prescreve melhor os exercícios o fisioterapeuta ou profissional de educação física? Um fala que ele sabe manejar melhor os exercícios pois sabe das necessidades reais do paciente o outro fala sempre que o exercício feito sem uma periodização não adianta muito. Essas e outras frases você, certamente, já ouviu alguma vez. E isso vira uma grande bola de neve, que por fim faz com que a pessoa que precisa ser atendida fica nesse limbo sem fim.
Porém, estamos falando de exercícios e isso de certa forma é simples. Nos últimos anos a forma de pensar em exercício vem mudando, saindo daquele medo de passar o exercício errado pois o paciente precisava estar devidamente equilibrado e com isso apto para começar a se movimentar, de certa forma até que robotizada. Ainda bem, que isso bem perdendo força. E vem o oposto, façam exercícios... sim exercícios, não importa como, faça!
Com esse tipo de discurso, em alguns momentos o exercício pareceu vilão ou até mesmo uma muleta para a não evolução do paciente, pois se ele não faz o exercício certo ele não melhora ou até mesmo pode piorar. O cenário ideal para que o terapeuta seja o protagonista do tratamento e hoje sabemos que isso não é o ideal.
O foco da nossa reflexão tem que mudar, pois sim, os exercícios eles são peças fundamentais para o bem-estar e qualidade de vida da sociedade e como qualquer outro movimento ele precisa estar adequado ao contexto social dessa pessoa, pois exercícios ou até mesmo uma vida mais ativa custa um comportamento ou até a mudança dele.
Sendo assim, o certo ou errado para esse tipo de abordagem não existe, porém precisamos estamos ligados ao contexto em que ele é empregado. O melhor exercício é aquele em que o paciente se sinta motivado em fazer para que consiga gerar aderência e com isso mudar o status de vida dessa pessoa. Novamente, exercício não é apenas dependente de capacidade física, mas, principalmente, da aptidão e o contexto em que esse paciente está inserido.
PROFº YURI RAFAEL DOS SANTOS FRANCO
Fisioterapeuta, especialista em Fisioterapia Musculoesquelética pela Santa Casa de São Paulo, mestre e doutor em Fisioterapia pela Universidade Cidade de São Paulo.