PROFº YURI FRANCO|26 de Março de 2021
Chegamos a nossa última sexta-feira do mês de março, o mês dedicado a luta da mulher por seu espaço, valorização e principalmente pela equidade entre os gêneros. E pensando nisso, para finalizarmos, nada mais legal do que trazer alguns conceitos para que possamos entender que a violência do machismo não está somente nos atos físicos, mas que algumas atitudes podem estar relacionadas a isso e machucam do mesmo jeito.
Vamos expor algumas situações que acontecem essas pequenas agreções, mas que parecem ser rotina. Aproveitar o clima de sexta-feita e lembrar dos saudosos happy-hours (quem puder, continue em casa!) e aí uma amiga nossa está falando e, sem motivo ou permissão para o momento, um homem a interrompe. E ainda mais, explica o óbvio para ela e para os demais daquilo que ela estava falando, colocando em xeque a confiança dessa mulher. Sim, nesse momento dois micromachismos foram feitos, o MANTERUPITING e o MANSPLANING.
MANTERUPITING – A mulher não consegue concluir seu pensamento por conta da interrupção de um homem, constantemente.
MANSPLANING – Quando o homem quer explicar algo óbvio para uma mulher, como se ela fosse incapaz de entender, somente porque ela é mulher.
Outra situação clara de outros micromachismos é aquela reunião em que vamos apresentar os novos projetos para a gestão. A primeira a ir é uma mulher, que apresenta suas propostas e após isso tem aquele silêncio na sala e na sequência seu companheiro de trabalho apresenta a mesma ideia apenas mudando palavras e o tom da voz e a ideia é aceita como brilhante. Passada essa reunião a mulher vai falar com seu par o porquê dele ter feito aquilo e sua resposta é: “tá maluca?”, “pare de surtar, heim?” ou “não aceita nem uma brincadeira!”. Sim, exemplos do BROPROPRIATING e GASLIGHTING.
BROPROPRIATING – Quando o homem se apropria e leva o crédito em cima da ideia de uma mulher
GASLIGHTING – Por manipulação psicológica o homem faz com a mulher se sinta incapaz.
Então, percebem que esses exemplos são muito claros em nosso cotidiano? E que isso é feito muitas vezes de maneira inconciente por nós homens? Um dos motivos talvez seja nossa sociedade que tenha essa caracterização machista na sua grande maioria. E longe de mim querer me sair de palestrinha ou do feminista (primeiro, que homem feminista nem existe), somente alertando essas situações para que a gente consiga refletir e repensar em nossos atos, talvez o primeiro passo para começar a quebrar essa nossa cultura machista.